Não é difícil ver as diferenças entre uma escola particular e uma escola pública. Podemos dizer que elas existem por toda parte, tanto no ensino, como na estrutura. Mas existe uma diferença muito maior, que é também a mais preocupante, a diferença social.
Nos meus tempos de colégio, sempre estudei em colégio particular. Esse colégio estava localizado ao lado de um colégio da rede pública, eram vizinhos, e era clara a diferença com que alunos dos dois colégios se olhavam. Não era preciso nem conversar ou conviver para perceber tal diferença, bastava prestar atenção à hora da saída. O repúdio com que ambos se olhavam, o “pobre” por ser pobre, e o “rico” por ser rico.
Mas diferente da escola citada no texto anterior, escrito por Ricardo Simões de Carvalho, a diferença social era algo muito trabalhado no meu antigo colégio, e de forma positiva. Desde 1993, existe o Departamento Social Santa Júlia Billiart, que surgiu de uma iniciativa das Irmãs da Congregação de Nossa Senhora, com finalidade de ajudar famílias que viviam em uma antiga região industrial constantemente prejudicada pela chuva e que tinham que migrar para outros lugares por causa disso.
O departamento começou atendendo crianças de 7 a 14 anos com um projeto de reforço escolar em complemento à escola, e com o passar do tempo estendeu seus projetos atendendo crianças de 4 a 6 anos, além de um público adulto com atividades como informática, música e trabalho artesanal para grupos da terceira idade.
Além do quadro de funcionários a instituição conta com parcerias (público/ privado) e voluntários que contribuem e possibilitam o funcionamento da casa.
Como eu já havia dito, a questão social é algo muito bem trabalhado no Colégio Rainha dos Apóstolos, com isso, alunos que se interessam pelo assunto e que são contra os olhares preconceituosos lançados na hora da saída, podem ajudar no projeto como voluntários, passando para as crianças um pouco do conhecimento privilegiado que aprendem por terem condições de estudar em um bom colégio.
Está aí uma prova que existem colégios particulares que se preocupam em passar para seus alunos que o preconceito que existe entre o “rico e o pobre” é o que realmente deve ser olhado com repúdio. E que se há a oportunidade de ter uma condição de ensino melhor do que a de outras pessoas, isso deve ser dividido.
Fica aí mais um exemplo de iniciativa que pode dar início a uma futura mudança na área da educação.
domingo, 30 de setembro de 2007
A maior e mais preocupante diferença
Escrito por Tathyane Bruzzese às 15:03
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