Participei de um projeto na V.Santa Catarina –SP, desenvolvido para crianças das favelas da Espraiada e do Aeroporto , organizado pela ONG Makanudos de Javeh.
Por mais que não tenha durado muito tempo, por falta de verba, foi para mim uma das maiores lições de vida já aprendida.
O projeto era realizado nas unidades públicas de ensino da região e nosso objetivo era despertar nas crianças e jovens de 7 a 18 anos a vontade de estudar. Descobrimos, não por pesquisas, mas vendo ao vivo mesmo, que os professores ao invés de apoiarem nosso projeto, atrapalhavam a nossa entrada, por acharem que escola não é lugar para se divertir, que aprendizado e diversão não se assemelham. Percebem? O quão falha está o corpo docente destas escolas? Ignorantes a ponto de não compreenderem que estávamos ali para ajudá-los.
As crianças e jovens não conseguiam se concentrar em suas aulas já que não particavam de lazer algum , chegavam às escolas com energia além da conta! Fazíamos oficinas antes do seu período escolar, com atividades de recreação para crianças de 7 a 12 anos e oficinas práticas como artesanato, teatro , música e dança para os adolescente de 13 a 18. Resultado: os jovens chegavam as suas aulas mais calmos e estimulados a aprender e obtivemos melhora nas notas em apenas 2 meses. Estão vendo? Não é tão difícil assim, eles não são "monstrinhos" como os professores os denominam. Precisam de atenção e respeito.
Não é preciso achar um caminho novo na educação, basta caminhar de um novo modo.
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
Caminhando de um novo modo
Escrito por Maria Gabriela D. Leite às 12:46
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