quarta-feira, 29 de agosto de 2007

O princípio de um erro


Simplista pensar que somos quem somos porque assim fomos ensinados a ser. Como se o ser humano, que é de natureza complexa, não possuísse vontade e pensamento próprio, originado de sua própria reflexão.

Se o nosso povo (brasileiro) não tivesse sido colonizado, e se não tivesse nos sido imposto um modelo de cultura e educação a ser seguido, talvez não se fazia tão necessário a busca por um meio paralelo de educar, já que o modelo padrão falha em sua essência.

Não falta dinheiro, e sim organização e vontade. Qualquer profissional mal pago trabalha desmotivado, por que com os professores seria diferente?

O que me intriga é: a bolsa de estudo para um médico fazer doutorado no exterior é mais importante que a merenda e os livros de um menino de 8 anos no interior do Maranhão. Os dois deveriam ser tratado de maneira igualitária, afinal ambos podem e devem colaborar para o desenvolvimento daquele Estado.

Volto aos nossos portuguesinhos bonzinhos de 1500. Os índios não eram capazes de criar o seu próprio sistema de educação?

Cultura e educação não se dissociam, se nos é imposto uma cultura, dela iremos absorver seus vícios. O Brasil foi educado, nós fomos ensinados a comprar, a desejar, a fazer pouco do que é nosso por natureza, a admirar o externo, a falar o português ao invés do tupi.

O grande problema é: fomos ensinados a absorver e não a criar.

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