segunda-feira, 13 de julho de 2009

Crise do CD fecha principal gravadora independente do Brasil

Devido às quedas bruscas na venda de CDs a Kuarup, uma das principais gravadoras independentes do Brasil, foi obrigada a encerrar suas atividades em 2009. A nota publicada no site da gravadora explica “Entendemos que a crise do CD é irreversível e tornou inviável nosso modelo de negócio”.

A gravadora que possuía um catálogo 100% formado por artistas brasileiros como Renato Teixeira, Adoniran Barbosa, Cartola entre outros, não conseguiu se adaptar ao atual modelo do mercado fonográfico “Ao longo dos últimos anos, as vendas de produtos físicos sofreram queda vertiginosa, nem de longe compensada pelas vendas por download”.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos de 2004 até 2007 a venda de CDs caiu mais da metade no mundo. Por conta do surgimento de uma nova via para o consumo da música que a internet proporciona: o MP3.

Com a utilização da internet para divulgação, execução e venda da música, as gravadoras que calcavam seu trabalho na distribuição da obra do artista perdem seu espaço e precisam pensar novos meios de atuação no mercado da música digitalizada, que já é uma realidade.

A venda de CDs cai, mas o consumo e produção musical estão em alta

A
música digitalizada causou um efeito devastador na venda de CDs e obrigou a indústria fonográfica a procurar novos métodos de atuação no mercado.

A Federação Internacional da Indústria Fonográfica aponta uma variação negativa de 25% no valor movimentado com a venda de CDs no Brasil entre os anos de 2006 e 2007. O país está entre os 20 principais mercados de música no mundo.

Quem sofre com isso são as gravadoras. Os artistas e consumidores continuam em seus papéis no mercado fonográfico. Um produz e o outro consome, mas sem a figura do intermediário (gravadora) entre eles. Através de sites de download como o TramaVirtual, MySpace entre outros, é possível que haja o contato imediato entre músico e ouvinte.

Outra dor de cabeça para as gravadoras é a grande variedade e diversidade de artistas que a internet comporta. Que supera a capacidade de qualquer gravadora convencional. Diante desta enorme gama de artistas e do atual quadro do mercado fonográfico digital concentrado em venda de música e não de álbuns, a indústria musical deixa de investir em poucos artistas de sucesso, e passam a investir em muitos artistas que vendem pouco.

Nenhum comentário: