segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Viagens e Passeios

Viagens e Passeios


Ele teve disposição pra descer
até o Inferno, mas foi recompensado quando a noite acabou.
Chegou o dia. Chegou a luz. O sentimento dele muda de repente. Uma transformação rápida.
Ele sentiu, mas não conseguiu descobrir o que era de verdade. O sentimento não se definiu logo de cara.


Dispensou as companhias que estavam com Ele na escuridão. Não pensou duas vezes. Não tinha certeza. Não sabia. Não esperava. Só sentiu que precisava se livrar deles. A sua mente balançou o corpo. “Amor? Será isso mesmo? Vou ficar aq
ui pra ver”
Decide ficar, mas se pergunta; - “No meio dessa confusão, amor? Provável engano”

O amor demanda tempo e pode fazer com que apareça acomodação na caminhada.


Ele tenta se concentrar novamente. Foi tudo muito rápido. “Assim não pode ser. Vai dar merda. Desacelera.” Ele pensa.

Ele sabe qual é o ritmo. Ele é “Negô-Véio”. Não chegou ontem no mundo. Decide fazer uma visita ao silêncio. Observa o ambiente. Vê onde muitos se perdem, e outros se encontram. Não pode salvar os perdidos.

Já teve essa pretensão, mas aprendeu a lição. A maioria dos perdidos é cretina. Se salvou, e encontrou satisfação ao comemorar a vitória dos que, assim como Ele, também se salvaram.

Assiste de camarote alguns campeonatos de humildade, discussões que não chegam a lugar algum, pontos de vistas vendidos e comprados sobre a vida, exibições que passam a impressão de um pedido subliminar por socorro. Babilônia 2.0.

Mesmo assim, na volta pra casa o sorriso teimou em não sair do rosto. Ele já passeou pelo Inferno diversas vezes, e nunca, em um retorno desses passeios, um sorriso foi tão insistente como o desse dia. Porque nesse dia, apesar de não ter encontrado o amor, Ele teve a certeza que sentiu o amor. E gostou....


Continua...

*Foto
Grafite do João Henrique. Também nesse muro (Banca de jornal na Marechal Deodoro): Gen.

http://www.flickr.com/photos/jh33

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Crise do CD fecha principal gravadora independente do Brasil

Devido às quedas bruscas na venda de CDs a Kuarup, uma das principais gravadoras independentes do Brasil, foi obrigada a encerrar suas atividades em 2009. A nota publicada no site da gravadora explica “Entendemos que a crise do CD é irreversível e tornou inviável nosso modelo de negócio”.

A gravadora que possuía um catálogo 100% formado por artistas brasileiros como Renato Teixeira, Adoniran Barbosa, Cartola entre outros, não conseguiu se adaptar ao atual modelo do mercado fonográfico “Ao longo dos últimos anos, as vendas de produtos físicos sofreram queda vertiginosa, nem de longe compensada pelas vendas por download”.

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos de 2004 até 2007 a venda de CDs caiu mais da metade no mundo. Por conta do surgimento de uma nova via para o consumo da música que a internet proporciona: o MP3.

Com a utilização da internet para divulgação, execução e venda da música, as gravadoras que calcavam seu trabalho na distribuição da obra do artista perdem seu espaço e precisam pensar novos meios de atuação no mercado da música digitalizada, que já é uma realidade.

A venda de CDs cai, mas o consumo e produção musical estão em alta

A
música digitalizada causou um efeito devastador na venda de CDs e obrigou a indústria fonográfica a procurar novos métodos de atuação no mercado.

A Federação Internacional da Indústria Fonográfica aponta uma variação negativa de 25% no valor movimentado com a venda de CDs no Brasil entre os anos de 2006 e 2007. O país está entre os 20 principais mercados de música no mundo.

Quem sofre com isso são as gravadoras. Os artistas e consumidores continuam em seus papéis no mercado fonográfico. Um produz e o outro consome, mas sem a figura do intermediário (gravadora) entre eles. Através de sites de download como o TramaVirtual, MySpace entre outros, é possível que haja o contato imediato entre músico e ouvinte.

Outra dor de cabeça para as gravadoras é a grande variedade e diversidade de artistas que a internet comporta. Que supera a capacidade de qualquer gravadora convencional. Diante desta enorme gama de artistas e do atual quadro do mercado fonográfico digital concentrado em venda de música e não de álbuns, a indústria musical deixa de investir em poucos artistas de sucesso, e passam a investir em muitos artistas que vendem pouco.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Volto, não volto, volto, não volto...

Eis a questão.

Distante há um pouco mais de um ano do Educação Alternativa, com um blog solitário e pouco acessado também no blogspot (aliás, leia-o clicando aqui), voltar a escrever com a thurminha é um tanto quanto inesperado. Mas cá estou eu.

Está aí uma das maravilhas da blogosfera. Por mais que não seja recomendado e nem visto com bons olhos quem larga um projeto e abandona seus seguidores fiéis (coisa que nunca tivemos aqui - hahaha), sempre há chance de voltar. E o vazio deixado, às vezes, pode ser positivo.

Outro dia, eu li que o vazio faz parte da vida. Que é necessário ter esses vácuos, esses espaços silenciosos e solitários para que algo nasça. É assim com a música, que precisa do silêncio para ser ouvida; com a lagarta, que precisa do vazio do casulo para virar borboleta; com a saudade, que precisa do vazio da distância para ser sentida.

As grandes criações, os grandes projetos, também precisam do vazio da estagnação e da ausência de idéias para serem estruturados. É insatisfeitos que saímos da zona de conforto que nos cerca e desafiamos a vida, a inteligência - nossa e dos outros -, o saco - também nosso e dos outros - e a esperança, seja revolucionária ou modesta.

Se a minha incursão será longa e próspera ou tumultuada e breve, só o tempo dirá. O importante é que não seja apática e mórbida.




Muito em breve um texto menos apresentativo, mas, entendam, o filho pródigo sempre volta à casa, mas nunca sem um arsenal de desculpas - hahaha.

Beijinho, beijinho, tchau, tchau.





p.s.: reforma ortográfica de cú é rola. Eu não vou me render!!!
(Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás!)

terça-feira, 10 de março de 2009

So fosse fácil copiar isso...

Observando as pessoas, principalmente os mais jovens, fica fácil perceber o quanto a cultura norte-americana consegue influenciar no modo de vestir. São correntões de prata pra lá, um Cris Brown pra cá, uma Rihanna acolá. Boné de aba enorme com estampas de gosto duvidável, e por aí vai.

Apesar do péssimo gosto para roupas e música, o povo norte-americano demonstra também um certo bom senso que ninguém espera deles. Assim como na "Grande Depressao", onde as pessoas começaram a consumir marcas mais baratas na época e conseguiram, a longo prazo, garantir a volta do giro de capital, e além disto, fortaler empresas nacionais.

Na crise atual o povo norte-americano dá outra demonstração de bom senso, que seus governos não mostram. Com o aumento do preço da gasolina, houve também maior uso do transporte público. Se está caro pra mim, eu não uso. Simples. Sem planos mirabolantes que envolvem créditos em bancos, que quando não pagos, contribuem para o aumento do rombo na economia.

http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/nytimes/2009/03/10/ult574u9214.jhtm

Seria bom se esse tipo de atitude fosse copiado pelas pessoas aqui no Brasil. Ao invés de reproduzir a vaidade, a preguiça e a futilidade de alguns norte-americanos e europeus. Principalmente quando o assunto é música contempôranea, preservação do meio-ambiente e sustentabilidade financeira.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Êita Tico-Tico...

Olá considerados.

Vamos retornar aos poucos. Assim como o Ronaldo no futebol.

Olha que maravilha. Tá no G1 de hoje (09/03). Notícia de alto cunho jornalístico.

"Homem é detido suspeito de furtar picanha"
Mas não parou por aí. Olha o link. "Soldado é suspeito de roubar filet mignon do quartel"

http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1034665-5606,00-DETIDO+SUSPEITO+DE+FURTAR+PECA+DE+PICANHA+EM+IPANEMA.html

Com os jornalistas atentos assim, nossa sociedade pode dormir sossegada. Atenção ladrões de galinha, picanha e filet mignon. Estamos de olho em vocês.