quarta-feira, 31 de outubro de 2007

FERDINAND NO MUNDO FARPS



Ferdinand ouvia radio em seu quarto todo arrumado. Enquanto o tempo passava, ficava ouvindo informações sobre os males do mundo. Não conseguia enxergar e dissolver o complô feito pelos governantes do planeta FARPS. Vivia sempre em seu mundo, ouvia histórias e contos sempre de outros protagonistas. Acreditava em tudo, pois não convivia com tal realidade, em um belo dia de sol e chuva resolveu investigar esse mundo de contos. Saiu para o mundão. Resolveu passar uma semana fora de casa. Sem um tostão e apenas com suas roupas que estavam em seu corpo.


Ao chegar a primeira madrugada, ficou com medo, a madrugada para ele era tenebrosa. Pavões estavam sobre o corpo de um andarilho. Parou atento sobre aquela imagem que o assustou, porém a curiosidade era tanta que sentiu obrigado a assistir. Um Pavão todo colorido e belo comendo as tripas do velho. Ao perceber a presença de Ferdinand, o Pavão resolveu trocar uma ideia com o jovem.


- Meu amigo, não se assuste. Eu só como tripas de velhos, você é um jovem e como deve ser não comerei você. - disse o pavão


Ferdinand não acreditava no que estava vendo. Para ele, pavão era um bicho inofensivo, que não falava e que não comia seres humanos. O pavão voltou ao que estava fazendo e continuou a comer a carniça daquele que já foi um jovem.


O jovem rapaz ficou intrigado com a situação. Logo depois, viu outra imagem assustadora. Agora um ser, parecido com um anjo, pois possuía asa, chupando o pescoço de uma linda mulher. Ferdinand se assustou e começou a correr. O anjo largou a mulher de seus braços e começou a persegui-lo. O rapaz conseguiu despistar o anjo, pois se escondeu em um bueiro de esgoto. Nessa hora seu pensamento estava todo confuso, estava todo perdido. Durante varias orações pedia a proteção de seu anjo e agora estava se escondendo do mesmo. Ó vida cruel, por um instante esqueceu, e rezou pelo seu anjo. Por causa de sua reza, o anjo o achou e o comeu.

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Citações

Você que já leu em jornais e revistas, ou ouviu da boca de intelectuais, belas citações dos grandes poetas e escritores brasileiros como, (o melhor na minha opinião) Carlos Drummond de Andrade, Cecilia Meireles, Machado de Assis, Mario de Andrade e muitos outros por aí, deve estar preocupado com a falta de uma renovação desse repertório.

É capaz de chegar a hora onde poderemos ler livros completos desse autores só fazendo clipping em colunas nos jornais, ou gravando conversas de conceituais universitários. Isso seria chato, certo? Para mim e para alguns, sim. Que graça tem descobrir o que já foi descoberto?

Por isso estou lançando citações de "desconhecidos", aqueles que não são famosos, mas que falam coisas legais. Como a Professora Alice Casemiro Lopes crítica do fordismo que enxerga na formação dos alunos nas escolas, que atrasa o desenvolvimento da capacidade de questionamento, preparando o aluno apenas para atender as exigências do mercado.

Alice Casemiro Lopes, UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) em 2002 no VIII EPEB (Encontro Perspectivas do Ensino de Biologia) “a única forma de não se submeter é questionar, debater, ver formas diferentes de trabalhar, negar o discurso colocado, não entendê-lo como discurso único e às vezes simplesmente dizer não”.

sábado, 27 de outubro de 2007

Fazer o bem

Liberte sua mente, dessa prisão que te ocupa constantemente...
Encare seus medos.. O mundo só vai mudar quando começarmos essa mudança a partir de nós mesmos, no final das contas a solução para tudo está dentro de cada um.
Todos nós somos alunos e professores da vida e estamos aqui para aprender e para ensinar e que isso sirva para crescermos, para alimentar nossas almas.
Quem pensa ao contrário acaba caindo nas armadilhas, nas enganações humanas que só faz decrescer o espírito e cada vez mais piorar a situação do mundo.
A solução para os problemas começam a partir da atitude de cada um, dentro de suas próprias casas, na rua e que se espalham com outras pessoas queridas e desconhecidas também. Para tornarmos o lugar aonde vivemos em esperança e amor não depende dos outros e sim de nós mesmos. Pode parecer que não seja assim, mas é verdade, só assim haverá paz aonde estamos.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O Primeiro Vídeo

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Vem alguma coisa por aí?


Essa semana a folga está declarada!
Após dois meses de árdua pesquisa e reflexão, a Equipe Alternativa irá aproveitar o sussego proveniente da "semana do saco cheio".


Ao longo deste ciclo debatemos o universo em torno da educação brasileira. Priorizamos, até por valores pessoais, o engajamento social na área.

Tentamos, e achamos que conseguimos, ser amplos. Desde o início instauramos a regra de não nos aprofundarmos no que não conhecemos. A intenção do blog não é, nem nunca foi, promover a divulgação de trabalhos sociais. Exaltamos, com prudência, os bons -após trabalho de pesquisa e até, em alguns casos, contato direto- e identificamos a razão da existência de tais incentivos.

De texto em texto, percebe-se que não há notícia. E nem haveria de haver. Entendemos que o espaço cedido aos blogueiros é para análise de fatos. Obviamente que os leads e seus complementos nos serviram de consulta, e assim estão relacionados ao final ou ao decorrer de cada texto. A quem interesse, vale a pena conferir.

Estilos peculiares, pensamentos divergentes e muito, muito prazer. Foi essa tríplice simples, jeito-idéia-satisfação, que preencheu o "Educação Alternativa" nessa primeira fase.
O mix continuará. A abordagem talvez amplie. O nome talvez mude. O time talvez cresça. A edição talvez ganhe nova disposição. Não sabemos.
O importante é concluir uma meta, pegar fôlego, e iniciar novos projetos. O tempo não pára e nós também não. Mas tiramos folga!

Obrigado por participarem da construção desse projeto sempre em movimento (assim como as idéias que vagam por aqui!).



Aproveitando o clima infantil da semana, um vídeo para instigar as recordações e entreter com a música animada (daquelas que não sai da cabeça)!

Muppets - Mahna, Mahna

Bom feriado!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Fala, mestre!

Em entrevista cedida por Márcia Valéria Soares, 57, professora desde 1970, debate sobre a questão educacional atual, o choque entre epócas e a sugestão para um futuro melhor.


MG - O que a motivou a ser uma educadora?
MVS - Vocação. Desde criança brincava de escolinha e sempre tive paciência para ensinar. Na hora de escolher tudo transcorreu naturalmente. Fiz primeiro o curso de Letras e depois, o de Pedagogia.


MG - Como era o sistema educacional brasileiro na década de 70? E o que é a educação no panorama atual?
MVS - O mundo mudou. As informações, hoje, chegam das mais diferentes fontes: internet, televisão, outdoors, cinema, tv a cabo, enfim, é difícil comparar o que acontecia em 70 na sala de aula com o que ocorre hoje. O professor era a maior fonte de informação e todo conhecimento passava por ele. Havia maior respeito, consideração, admiração pela figura do mestre. Antigamente a estrutura familiar cumpria seu papel de formação, a escola só continuava esta formação. Hoje em dia a própria estrutura familiar modificou, suprimindo muitas vezes a formação que deveria ser dada por ela. E a escola ficou com mais esse ônus, de dar a educação que os pais muitas vezes não podem dar, ou não querem, ou não sabem.


MG - É constatado por dados, que muitos professores de redes públicas de ensino têm entrado em depressão devido à realidade educacional e à resistência dos alunos em aprender. Qual a opinião de um mestre sobre esse novo problema em sala?
MVS - A política educacional em nosso país precisa mostrar os dados de aprovação em massa para o FMI para conseguir recursos. Assim, alunos que muitas vezes não estão aptos a cursar uma série mais adiantada são aprovados. Os professores têm que seguir as regras impostas por estes profissionais da política educacional. Para apoiar esta aprovação em massa, sociólogos, psicólogos, administradores de empresa, enfim, gente que nunca entrou em uma sala de aula para ensinar começou a escrever como deveria ser a atitude do professor na classe. De uma forma muito sutil, tudo foi preparado para culpar o professor por qualquer derrota do aluno. A pressão foi ficando cada vez maior: famílias desestruturadas, Estado pobre, profissionais de outros setores interferindo na educação, salários defasados, alunos sem nenhuma capacidade de concentração e desmotivados. Todos estes fatores acabaram por desmotivar os professores, levando-os à depressão e a abandonar o magistério.


MG - Na sua opinião qual a solução para a educação brasileira?
MVS - Em primeiro lugar parar de se copiar soluções que deram certo na Espanha, Portugal, Argentina e criar soluções a partir da nossa realidade. Proibir qualquer profissional de outra área de dar palpite na área pedagógica. Priorizar a formação de hábitos e atitudes que reforcem os valores humanos, dando maior ênfase à formação. Período integral em todas as escolas para evitar que as crianças fiquem na rua. Fazer com que os alunos pratiquem mais esportes e aprendam música, para aprimorar o físico e a alma.


MG - O que é educação para você?
MVS - É a formação integral do indivíduo, qualificando-o para o exercício da cidadania, tornando-o apto a viver na família e na sociedade como um ser produtivo.


MG - E a questão da violência, das ameaças freqüentes de alunos a professores. Como controlar esta prepotência, esta falta de respeito? Cabe à escola ou aos pais?
MVS - Cabe à sociedade de uma forma geral. Aos políticos, aos legisladores, aos pais que não souberam orientar seus filhos, e, principalmente, aos responsáveis pela legislação que regulamenta a educação.


Por Maria Gabriela Dias Leite.
(entrevista e texto)

domingo, 7 de outubro de 2007

"Depende de nós..."


O sucesso da educação não provém apenas de preparar o estudante para um vestibular, mas principalmente de fazê-lo tornar-se um cidadão preparado para enfrentar o mundo. Essa é uma tarefa da família e também da escola.

A solução para o nosso país, todos já podem claramente ver, é através da educação, seja em projetos de arte, música, meio ambiente, cultura em todas as suas vertentes. Mas o banco da escola, o fornecido pelo Governo, ainda é o local mais apropriado. E também o mais insatisfatório.


Não basta criticar sem tomar nenhuma atitude. O Governo tem mais poder, isso é fato, mas se todos pensarem assim e não fizerem nada pelo bem de uma criança que necessita de base para a vida, o mundo nunca caminhará para frente, simplesmente retrocederá e cada vez mais as consequências se agravarão.

Se cada um ajudar da forma que pode, seja através de um site informativo levando à reflexão ou participando de projetos voluntários, de pouco em pouco isso mudará. É um grande primeiro passo, e muitos já dado por muitos cidadãos conscientes, como citamos neste blog no decorrer desses dois meses.

Ser crítico é ótimo, mas quando tornamos nossas críticas em atitudes, o caminho da solução se torna mais fácil. Não dá para esperar que providências sejam tomadas, faça sua parte!

Reflexão


Talvez seja a hora de parar a correria, diminuir a velocidade e pensar nas conseqüências dessa vida frenética que é imposta pelo nosso sistema político/econômico que não poupa nem mesmo as crianças, que cada vez mais cedo buscam objetivos de pessoas adultas.

Será que estamos priorizando as prioridades? Será que essa fome por sucesso material e profissional a qualquer custo que instigam é positiva? Eu acredito que não é mais necessário aumentar o capital no nosso país, o que falta é respeito ao próximo, respeito as diferentes realidades e uma pequena noção de que uma nação de verdade olha por todos os seus “filhos”.

Temos muitas pessoas letradas, porém mal educadas. Corrupção no meu ponto de vista é falta de educação, alienação é falta de educação, se sentir melhor ou mais capacitado do que qualquer outro semelhante é falta de educação, apesar de todo conhecimento ainda existe dificuldade em diferenciar orgulho e egocentrismo.

O progresso nos veio de uma forma que atrapalhou a ordem, temos celulares, DVD’s, televisões de plasma, computadores, videogames, carros envenenados, sons potentes, Ipod’s. Somos cada dia mais parecidos com os “States” na nossa embalagem, mas parando e pensando bem, temos crianças nos faróis para ganhar um trocado, temos trabalho escravo, temos chacinas, abuso de policiais e políticos, escolas precárias, hospitais que não funcionam e pessoas morrendo de frio e de fome.

Somos terceiro mundo e precisamos ter consciência disso, pois quando percebermos que parecemos mais com a Síria do que com os EUA e a Europa, talvez aja uma chance para que a “ordem” da nossa bandeira seja posta em prática e não seja vista apenas como uma palavra e sim como compromisso.

“É NÓIS!”

Não basta só acreditar

A educação no nosso país continua sendo um grave problema. Podemos ver alguns projetos do governo, mas muitos deles não conseguem bons resultados constantes e não se mantêm por muito tempo, apesar dos altos valores que são “investidos”.

O discurso da maioria dos cidadãos de que “a educação tem um ótimo futuro em nosso país, basta acreditar” já se tornou comum, muitos acreditam, muitos têm esperanças, mas são poucos os que fazem e não apenas esperam atitudes governamentais.

O trabalho voluntário existe, organizações que articulam projetos com a finalidade de mudar um pouco a dura realidade da educação em nosso país, também, mas ainda é pouco.

Temos sim que acreditar e ter esperanças que a condição da educação, um dos fatores mais importantes para o futuro de nosso país, mude. Mas temos principalmente que fazer algo que contribua para isso. É fácil criticar o governo, as prefeituras, os projetos, reclamar que crianças não têm oportunidades, que o ensino é fraco, que os professores estão desmotivados. Difícil é tomar alguma atitude para que isso mude, sem que seja a de esperar.

Vimos na maioria dos textos postados aqui no blog, que existem pessoas com essa iniciativa, com a vontade de fazer com as coisas mudem e sem a menor paciência de esperar atitudes do “poder”. Eu acredito que um futuro de prosperidade para o nosso país não dependa apenas de uma boa educação para nossas crianças, mas também de pessoas com essa garra de fazer com que as coisas aconteçam, pessoas que fazem da vontade de viver em um país decente sua arma na luta contra a injustiça e a desigualdade social.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Educação Hipócrita

Se não fosse pelas muitas histórias mal contadas, pelas muitas mentiras disfarçadas, ainda nutriria algum sentimento bom ao que é ensinado na escola. Me lembro bem de uma conversa que tive com alguns amigos no tempo do colegial, a questão era o por que de passarmos quatro anos absorvendo informações e depois, passar mais quatro tentando exorcizá-las.

Crianças e jovens passam boa parte da vida sendo recheados de informações descompromissadas com a verdade dos fatos e com uma narrativa histórica. Se nos fosse ensinado a ter um olhar crítico, independente à sua direção, a missão de educar, de ensinar, seria mais fácil e eficaz.

Às vezes tenho a impressão que muitas instituições de ensino têm aspectos doutrinadores.

Não acredito em uma universalização do ensino. Isso seria totalmente desrespeitoso com as inúmeras diferenças culturais, econômicas e políticas de cada comunidade.

Ganha a “aldeia” que dirige de acordo com seus valores, que foca o ensino de suas proles em objetivos já delineados, como faz as escolas do MST (tema já anteriormente debatido nesse blog. Ver texto “À Parte” e o “Jovem e o Meio”.).

Que a educação seja baseada em interesses maiores que a simples formação da consciência crítica, mas que defenda interesses particulares de um grupo específico, ao invés de sustentar um sistema de excluídos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Pra frente, Brasil!


De uma educação colonizadora, com objetivos catequéticos e expansionistas, a um sistema complexo, onde não se reconhece mais se os interesses são pedagógicos ou políticos, o Brasil já transitou sobre diversos contextos educacionais. Em sua grande maioria bem marcados pelo privilegialismo.

Fato é que o “progresso” nunca pára. A máquina não descansa. O sistema não estagna (não mesmo?). Entre prós e contras, a única certeza: é esse processo contínuo e ininterrupto que movimenta o mundo. Que, sem um objetivo lógico ou no mínimo aparente, dá razão à busca incessante por conhecimento e dinheiro, dinheiro, dinheiro.
E a escola é a alavanca desse método incoerente que trava uma batalha entre o tempo hábil e o sensorial.

Em busca do tempo perdido, o futuro apresenta-se num presente mal concluído. Em Porto Alegre, RS, desde março de 2007 a Escola Estadual de Ensino Fundamental Luciana de Abreu, testa em sala de aula o computador portátil da Ong OLPC, o XO.

A escola foi a primeira das cinco escolhidas pelo Governo Federal e pelo MEC para abrigar os laptops. O projeto UCA (Um Computador por Aluno), idealizado por Nicholas Negroponte, prevê a inserção dos alunos da rede pública de ensino do país e, conseqüentemente, da camada carente aos avanços tecnológicos.

Tal incentivo modela-se em caminhos já percorridos pelas escolas particulares do Brasil. Com suporte, financeiro e estrutural, muitos colégios fazem uso de tecnologia de ponta para equiparar seus alunos à alunos das grandes potências mundiais.

Como exemplo, em São Paulo e em outras tantas cidades do país, o Colégio COC adota um sistema, quase que integral, de contato digital e multimídia. De aulas 3D à livros eletrônicos e de softwares de criação à obtenção de material via palm-top, os estudantes têm desde cedo familiaridade com as ferramentas e com o ambiente virtual.



Fica então a dúvida: como inserir crianças e jovens que não possuem, nem ao menos, contato com livros e dicionários em um meio altamente manipulador que conta tão somente com a capacidade crítica do indivíduo?

Mais um avanço educacional.
Dessa vez, talvez, um passo para as ruínas.




Fontes Alternativas de Pesquisa:

Inclusão Digital: laptop nas escolas alavanca a educação, diz pedagoga
História da Educação
Brasil se destaca entre projetos de inclusão digital, aponta Nicholas Negroponte

terça-feira, 2 de outubro de 2007

O caminho próspero para a tranformação social




A educação é a base para a transformação social, o Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. Muitos jovens de baixa renda crescem incapazes de possuir uma vida digna devido a uma série de conseqüências e uma delas é a educação precária do nosso país.

Isso acarreta no crescimento de crianças e jovens sem preparação e oportunidades, levando-os para a marginalidade, não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Muitas questões e hipóteses são levantadas para a transformação do país, mas se a educação não mudar, não se transformar em um meio de qualidade para todos, o sistema será o mesmo. Filhos de pais ricos, virando patrões, e filhos de pais pobres, empregados. É certo que para "os caras do poder" isso tem que continuar, que para eles deve existir dominadores e dominados. Que parte da população não deve possuir senso crítico na política, facilitando assim os bons resultados de suas "falcatruas".

Um povo com educação de qualidade anda rumo à evolução. Ao analisarmos a educação em Cuba, vemos que a população toda é alfabetizada, porque esse fator é de suma importância para aquele sistema. É claro que há diversos fatores que estão arruinados naquele país, devido também ao embargo feito pelos E.U.A, que arruinou a economia de lá. Porém, quando Fidel Castro morrer, Cuba não será a mesma e abrirá sua economia para o resto do mundo. Penso que o país evoluirá rapidamente econômica e politicamente, não apenas por causa dos novos investimentos, mas pelo pensamento e conhecimento de seu povo, possuidores de uma educação crítica.

A educação no Brasil tem que se transformar, mas não se deve apenas ficar esperando essa mudança. Tem que existir uma participação coletiva para esse processo.

Atualmente há ongs e outros meios que tentam de alguma forma dar oportunidades para aqueles mais necessitados. Tentam de alguma forma mostrar que uma vida digna depende muito da educação e do esforço produzido nela. Muitos resultados analisados mostram que jovens que participaram de algum projeto saíram da marginalidade, do banditismo e conseguiram criar uma vida próspera e honesta a partir dessas iniciações. Isso resultará em um pensamento de evolução não apenas para esses jovens, mas também para seus filhos, que terão um incentivo maior ao saberem que seus pais, antes desiludidos, percorreram um caminho certo para a vitória.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Amor a profissão

Como educar adolescentes que já estão no colegial e nem ao menos sabem ler nem escrever, que sofrem de analfabetismo funcional?

Quando aqui discutimos mudanças no sistema educacional não é apenas para as crianças, que estão ingressando agora nas escolas, mas também para os adolescentes e os jovens que já estão nela.

Assisti um filme baseado em fatos reais, Escritores da Liberdade, que se passa em uma escola sem recursos dos Estados Unidos, corrompida pela violência, alunos formando gangues e uma professora para lecionar em uma sala de aula onde não há vontade de aprender. Preconceitos raciais e revolta movem os estudantes. É ouvindo a história de cada um dos seus alunos, fazendo seu trabalho com dedicação, que a professora faz cada um pensar e refazer seu próprio mundo criando na sala de aula a tolerância e a vontade de aprender.

Essa história me fez refletir no que acontece nas escolas do nosso país.

Não quero citar estatísticas, números, Ongs, apenas colocar nesse texto um ponto de vista para ser refletido.

A formação psicológica de cada criança, de cada adolescente, que começa dentro de sua própria casa, influência na sua vontade de aprender e, conseqüentemente, na desmotivação. Muitos alunos não priorizam os estudos por pré-julgar como inutilidade. A preocupação em criar a vontade dentro de cada estudante, em seu mundo, é um dever do professor a partir do momento em que ele resolve lecionar. Não é obrigação fazer isso dar certo em 100% dos casos, mas com a dedicação e o amor pela profissão o professor conseguirá fazer que a sala de aula seja a diferença na vida desses alunos.